POR DENTRO UM ENCLAUSURADO NA PORTA UM ENIGMA
Janilton Gabriel de Souza
07 de maio de 2012
Toc, toc…
Dindão, Dindão…
Quem é que faz esse toque?
Não dê um de sabidão,
Pois ao abrir podes ficar em choque.
Tu podes acreditar,
Que sabe o que atrás está.
Mas, o equívoco pode aí começar
Ao tornar a suposição uma verdade no ar.
Mais uma vez
O barulho
Ressurge, desagarrado velado em sua nudez.
Todavia, nada se ouviu devido ao seu entulho,
Este impregnado que o chamam de orgulho.
De que vale um barulho
Se o habitante de sua morada não o ouve?
Resta apenas o “ser” entulho,
Este embebecido em e no seu orgulho.
De que se orgulha
Se apenas em si mergulha?
Talvez orgulhe de ser como um estômago que embrulha.
Embrulhado em si como a sua gula.
Ser ideal
Esse que se acha o genial.
Mas, para quê?
Para ser seu próprio igual
E não ter que abrir o portão e ferir seu ideal?
Mas, quem foi esse insistente
Em uma hora daquelas?
Não se soube quem pode ter sido o eminente.
Talvez tenha sido a própria felicidade,
Que persistiu, dando uma outra oportunidade.
Oh! Quem diria…
Hoje então pergunto:
De que valeu todo egoísmo, todo orgulho?
Apenas para mentir para si, deixando escapar sua própria alegria.
Onde tu estavas quando a felicidade em sua porta bateu?
Estava preso ao seu egoísmo e sua dita moralidade.
Que vida ingrata, sem espaço,
Agarrada em seu próprio embaraço,
Sem espasmos de felicidade,
Sem o encanto para viver, sem liberdade.
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