IMPACIÊNCIA CONJUGADA
Janilton Gabriel de Souza
18 de março de 2012
Impaciência desta cena!
Impaciente eu sou com algumas dezenas.
Paciente és tu com as suas pernas,
Ou elas são contigo de ter que lhe aturar em uma vida amena.
Impaciente sou eu agora ao escrever,
Ao tentar descrever,
Aquilo que se quer tentar prever
Ou se almeja a ver.
Paciente és tu que não toma a vida,
Mas permite que a vida te tome a estrada de ida.
Para que tanta impaciência quando ela mais atrapalha?
Para que tanta paciência com a preguiça, sem mudar uma palha?
Impaciente deve ser ao pensar em seu pretérito,
Tentando dele extrair algum mérito.
Paciente é ao consentir no seu presente,
Ao fugir da construção do seu futuro, tal qual você se mente.
Impaciente deve ser ele quando tentar fazer a vida mais-que-perfeita,
Afinal nós não vivemos de imperativos,
Muito menos como meros subjuntivos.
Por isso vós podeis ser muito mais criativos
Do que eles, que pacientes viveram apenas como os tais nativos.
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