Janilton Gabriel de Souza
A vida às vezes nos aperta.
A ida, caminho que nos alerta.
Há momentos de despertar
E outros simplesmente de não mais acreditar.
Que misto é esse de alegria e tristeza?
Que misto é esse de queijo e presunto?
O que é isso de se perder em seu próprio assunto?
Nessas perdas o brilho de realeza.
O que brilha e o que se apaga?
Gostaria de fazer poesia com respostas.
Mas, o preço da escrita é assim que se paga.
Não existem certezas, nem respostas definitivas, apenas apostas.
É estranho começar uma poesia,
Sem se quer ser instigado pela sua própria azia.
Estranho mesmo é teorizar o verso,
Não admitir o nosso estranho reverso.
Há um tempo de se iludir,
Um para se confundir.
Um tempo para intuir,
Mas um para se construir.
Há versos patologicamente patológicos.
Sim, esses versos são aqueles muito lógicos.
De tanto assim ser, não admitem a novidade,
A invenção sem intenção de construtividade.
Sem Comentários