Hoje realizamos o Café Literário do @interfacespsicanalise, que trouxe o tema “O feminino na arte e arte no feminino” na @cafeteriarituais.mg.
O evento organizado pelos integrantes do Interfaces em Psicanálise abriu a temporada de atividades do segundo semestre, que iniciará no próximo sábado com os estudos sobre os conceitos psicanalíticos a partir de um percurso do seminário 11 de Lacan. Este percurso é aberto para todo aquele desejoso de perseguir esta aventura. Para participar basta enviar um whatsapp para o coordenador Janilton (35) 9-9993-6663 para receber maiores informações.
Voltando ao evento. A abertura foi feita a partir do encontro, da partilha, do por de si. Foram muitos os poemas, trechos de livros, indicações de filmes.
Este editor, que vos fala, saiu de casa esvaziado e aberto para criar com a experiência. Preferi não levar nenhum texto, nem poema, apenas a escuta e o saborear do momento. Quando a primeira pessoa falou, achei que seria um trabalho interessante de recolher alguns significantes de cada fala e transformá-los em um texto que pudesse trazer um pouco de cada e um estilo próprio.
Parece-me um duplo da proposta deste encontro, trazer o feminino para cena psicanalítica ou o inverso, tanto faz. Afinal, tanto a Psicanálise quanto o feminino nos convoca à invenção.
Uma invenção que pode ser com-partilhada.
Então, partilho com vocês o fruto desta escrita, que é autoral e de muitas autorias.
INVEN-ÇÃO Um bando, Só ando. Ralo e raro, Apenas um enigma. Desenrola de qualquer carretel, Na ponta da agulha, Uma borda para além da costura. Costura, costura e sem postura. Infinito, particular Mistério sem fim. Transformação constante, Ser, por um instante. Efeito borboleta, É feito borboleta. Olhou, só olhou Duvido, duvido… Torto, sem jeito. Com a paixão, Os desencontros, as falhas Se faz mulher. Qual a cura para nossos monstros? A partir do amor, que tem muitos nomes. Da construção da nossa história. Da desconstrução da mãe e da reconstrução da mulher. Mulher ao espelho, Já fui, já fui… Só não fui o que quis, Tentaram me matar. Não morri, renasci. O que peso? O que pesa? Não entre na escala, Se reconheça, invente.
Sem Comentários