Janilton Gabriel de Souza
Nos corredores das “escolas” de Psicanálise há quem diga, criticando, que a historiadora e psicanalista francesa, Elisabeth Roudinesco, seria a fofoqueira do meio. Contraditoriamente, quem se dispõe a leitura das obras dela, logo percebe o rigor de suas pesquisas e seus escritos com um toque peculiar: de retomar a história e conseguir promover uma construção crítica dos temas que trabalha.
Este autor do site, não só já leu alguns de seus livros, como utilizou em sua dissertação de mestrado realizada na Universidade Federal de São João Del-Rei, os livros “Família em desordem” (2003, pela Zahar) e seu primoroso “Dicionário de Psicanálise” (1998, também, pela Zahar), que tem a contribuição de Plon. A nosso ver e de renomados pesquisadores, como Dr. Wilson Camilo Chaves e Dr. Fuad, ambos da UFSJ, as críticas têm a ver com as revelações e a possibilidade de construção de um olhar crítico da Psicanálise, que às vezes, é confrontante com modos de “compreensão” de alguns meios (escolas).
Polêmica a parte, no próximo dia 23 está programado o lançamento do mais novo livro escrito por Roudinesco: Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo. O livro que é editorado pela Zahar (quem traduz e publica as obras da autora no Brasil), foi escrito com base nos novos arquivos abertos na Biblioteca do Congresso em Washington. A psicanalista remonta quem foi Freud a partir das relações estabelecidas por ele com seus mestres e discípulos, amigos e familiares, além dos próprios pacientes. Uma parte da obra foi disponibilizada e o leitor por acessar, clicando aqui.
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