“Penso que a reivindicação da própria condição de vítima não é a melhor estratégia de empoderamento. Pode dar vantagens discursivas, prometer visibilidade, mas, ao mesmo tempo, aprisiona fatalmente quem sofreu uma injustiça àquela injustiça, liga-o definitivamente ao passado.
Uma vítima é alguém que tem destino e identidade decididos por outro. Por que também presentear o algoz com seu futuro?
A vítima que se emancipa não cancela o passado, mas não se reduz a ele”.
(Professor e historiador italiano Daniele Giglioli, autor de ‘Crítica da Vítima”)
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